A palavra veste a minha voz
A palavras em si não me diz nada
Pois palavra por palavra
O silêncio às vezes fala muito mais
A palavra quando lavra nasce flor
Brota amor
E a bruta flor do poder
Que machuca a inocência da pétala
Trava minha prosa
Cala a minha voz
Não me diga nada
Que o meu coração não ouça
Não me fale de coisas
Que seu coração não diz
Não balbucie palavras
Que a alma não sinta
Não seja fulgás, não mintas
Deixa a verdade fluir
Anule as nulidades
Deixa a palavra sorrir